sábado, 23 de maio de 2015

A chama de uma vela- Gaston Bachelard

Existe um parentesco entre a lamparina que vela e a alma que sonha. Tanto para uma quanto para a outra o tempo é lento. Tanto no devaneio quanto na luz fraca encontra-se a mesma paciência.  Então o tempo se aprofunda, as imagens e as lembranças se reúnem. O sonhador inflamado une o que vê ao que viu. Conhece a fusão da imaginação com a memória. Abre-se então toda as aventuras da fantasia, aceita a ajuda dos grandes sonhadores e entra no mundo dos poetas. Por conseguinte, a fantasia da chama, tão unitária a princípio,  torna-se de abundante multiplicidade.

Gaston Bachelard 

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