sábado, 28 de outubro de 2017

A negação da negritude

Ser o outro de si mesmo. O sentimento de tornar-se um estranho para si é a vivência mais plena da duplicidade. Quando se nega tão intensamente aquilo que é, a conexão com o ser se perde, a ponto de nós nos tornarmos estrangeiros para nós mesmo. Talvez seja esse o estado de muitas pessoas que reagem espantada quando chamadas de negras, sendo negras. Fato que fez com que Antônio Cândido considerasse o racismo no Brasil como um crime ontológico não só por destruir a possibilidade de os negros construírem uma imagem positiva de si mesmos, mas por destruir a condição de ser negro.

Gislene Aparecida dos Santos. Mulher negra, homem branco. Um breve estudo do feminino negro.

domingo, 22 de outubro de 2017

Ser outro de si.

Ser o outro de si mesmo. O sentimento de tornar-se um estranho para si é a vivência mais plena da duplicidade. Quando se nega tão intensamente aquilo que é, a conexão com o ser se perde, a ponto de nós nos tornarmos estrangeiros para nós mesmo. Talvez seja esse o estado de muitas pessoas que reagem espantada quando chamadas de negras, sendo negras. Fato que fez com que Antônio Cândido considerasse o racismo no Brasil como um crime ontológico não só por destruir a possibilidade de os negros construírem uma imagem positiva de si mesmos, mas por destruir a condição de ser negro.

Gislene Aparecida dos Santos. Mulher negra, homem branco. Um breve estudo do feminino negro.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade, 
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave 
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Os três e ele.

O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Alberto Caeiro

O rapaz entrou no ônibus  falando e carregando uma mochila com as cores de seu time de futebol. Estava de bermudas e de chinelo. Mostrava-se eufórico. Junto dele, sua mulher estava com um bebê de meses ao colo. Ambos aparentavam ter menos de dezoito anos.

Sentam-se no banco do ônibus e ele continua a falar. Está contando como foram acordados pela sogra, que, aos gritos, alertava de que perderiam o ônibus. Ele conversa e sorri muito. A moça apenas sorri. O bebê só olha, como se estivesse tentando conhecer mais do mundo ao seu redor.

Mas o rapaz faz mais do que falar. Ele gesticula, mexe com o bebê, a todo momento busca a atenção da moça. Ela participa da conversa monossilabicamente. Para fazer a criança sorrir o rapaz simula dirigir o ônibus, passa uma marcha imaginável, faz grunhidos imitando a aceleração do veículo.

E foi essa simulação que despertou a atenção do homem taciturno sentado no banco paralelo a eles. Inicialmente o homem olhou com espanto e desgosto aquele falatório adolescente que o tirava de seu sossego."Que falta de noção desse sujeito, que molecada sem educação é essa dos dias de hoje"... Aos poucos, o homem abandona seu ensimesmamento e percebe que havia vida pujante no comportamento  do rapaz.

O rapaz continua seu monólogo. Agora ele fala da existência de outras galáxias, das descobertas de sistemas interplanetários e de como seria interessante se os três pudessem fazer uma viagem espacial, conhecer raças alienígenas, descobrir seus segredos tecnológicos e voltar para libertar a Terra de um ataque extraterrestre.

O homem sorriu ao ouvir a narração tão vívida do rapaz. Sorriu ao perceber que ainda havia gente levando a vida de forma leve, com risadas fáceis, com um universo particular que se mostrava suficiente, completo, como a empolgação demonstrada pelo moço, o olhar apaixonado e realizado da moça e o mexer inocente dos braços da criança.

Entretanto, o sorriso leve do homem ocultava um quê de tristeza. Tristeza por achar que esse mundo experimentado pelo casal e filho iria se desmoronar, mais cedo ou mais tarde. Era algo inevitável. Talvez quando as contas aumentassem, quando o rapaz perdesse o desejo de falar sobre seu imenso e rico mundo interior, ou quando a moça não quisesse mais ouvir suas histórias...Ou quando a primeira traição ocorresse. Tristeza por lembrar dos tempos em ele próprio viveu sob essa sensação de completude, de viver o infinito no presente, a sensação de estar em casa nesse mundão de deus. Tristeza por fracassar em todas suas últimas tentativas de se aproximar de uma experiência próxima a essa, e de não conseguir acreditar que poderia reencontrar esse Paraíso, ou seu simulacro.

De repente, o rapaz se levanta e dá o sinal para descer do ônibus, tirando o homem de suas elucubrações. O rapaz, a moça e a criança descem e seguem seu caminho de completo alheamento aos sentimentos do homem, que não consegue parar de pensar nos três e desiste de tentar voltar à leitura do livro que estava em sua mão.

Márcio Ramos

domingo, 15 de outubro de 2017

O professor

me explicou: um senhor, no Palhão, na fazenda Nhanva, altas beiras do Jequitaí,
para o ensino de todas as matérias estava encomendando um professor. Com urgência, era homem
de sua situação, garantia boa paga. Assim queria que Mestre Lucas fosse, que deixasse alguém
dando escola no lugar dele, no Curralim, por uns tempos; isso, claro, não podia. Eu queria ir?
– “O senhor acha que eu posso?” – perguntei; para principiar qualquer tarefa, quase que eu sozinho nunca tive coragem. – “Ei, pode!” – o Mestre Lucas declarou. Já que estava acondicionando numa bruaca os livros todos – geografia, arimética, cartilha e gramática – e borracha, lápis, régua, tinteiro, tudo o que pudesse ter serventia. Aceitei. Um entusiasmo nosso me botava brioso. (...)

Mas ele veio para mim, então, saudou, com um modo sensato de simpatia. Adiado eu disse: – “Sou o moço professor...” A alegria dele, me ouvindo, foi estupefacta. Me ferrou do braço, com porção de falas e agrados, subiu a escada comigo, me levou para um quarto, lá dentro, ligeiro, parecia até que querendo me esconder de todos. Uma doidice, de quê? Ah, mas, ah – esse quem era – o homem? Zé Bebelo. A fixe de fato, tudo nele, para mim, tirava mais para fora uma real novidade.

Disse ao senhor? – eu estava pensando que ia dar escola para os filhos dum fazendeiro. Engano. O comum, com Zé Bebelo, virava diferente adiante, aprazava engano. Estudante sendo ele mesmo. Me avisou. Quis antever os cadernos, livros, pegar com as mãos. Assim ler e escrever,e as quatro contas, ele já soubesse, consumia jornais. Remexeu, tarabuz, e tudo foi arrumando na mesa grande do quarto, senhor-jesus-cristo que assoviava, o cantarolado. Mas – e aí comigo falou sério – naquilo se tinha de sungar segredo: eu visse. – “Vamos constar é que estou assentando os planos! Você fica sendo meu secretário.” Nesse mesmo ido dia, a gente começou. Aquele homem me exercitou tonto, eh, ô, me fino fiz. Ânsia assim e anfa, e poder de entender demais, nunca achei quem outro. O que ele queria era botar na cabeça, duma vez, o que os livros dão e não. Ele era a inteligência! Vorava. Corrido, passava de lição em lição, e perguntava, reperguntava, parecia ter até raiva de eu saber e não ele, despeitos de ainda carecer de aprender, contra-fim. Queimava por noite duas, três velas. Ele mesmo falava: – “Relógio não vou olhar. Aí estudo, estudo, até que estico um cochilão. Cochilão me vem: então espairo o livro, e me deito, que me durmo.” Pela suavontade dele, simples. De dia, estávamos debulhando páginas, e de repente se levantava ele, chegava na janela, apitava num apito, ministrava aquela brama de ordens: dez, vinte executações duma vez. O pessoal corria, cumpriam; aquilo semelhava um circo, bom teatro. Mas, com menos de mês, Zé Bebelo se tinha senhoreado de reter tudo, sabia muito mais do que eu mesmo soubesse. Aí, a alegria dele ficou demasiadamente. Sobrevinha com o livro, me fazia de queima-cara um punhado de perguntas. Ao tanto eu demorava, treteava no explicar, errando a esmo, caloteava. Ai- ai-ai d’ele atalhar as minhas palavras, mostrar no livro que eu estava falso, corrigir o dito, me dar quinau. Se espocava às gargalhadas, espalmava mão, expendia outras normas, próprias de sua idéia lá dele – e sendo feliz de nessas dificuldades me ver, eu )a ignorante, esmorecido e escabreado.

João Guimarães Rosa. Grande sertão veredas.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Estranhos


São tão estranhos esses adultos

que nos pedem silencio gritando

impedem-nos de brigar brigando

e impõem respeito com insultos  


São tão estranhos esses adultos

que exigem a verdade mentindo

que querem nos educar fingindo

serem sinceros, calmos e cultos


Quando eu crescer

quero continuar criança


Alessandro Uccello.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Pregoeiros da verdade.

Os pregoeiros da palavra suicidaram milhares, mesmo quando diziam ou queriam ou pensavam defender a vida.

Micheliny Verunschk

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

No mundo há muitas armadilhas


No mundo há muitas armadilhas
e o que é armadilha pode ser refúgio
e o que é refúgio pode ser armadilha
Tua janela por exemplo
aberta para o céu
e uma estrela a te dizer que o homem é nada
ou a manhã espumando na praia
a bater antes de Cabral, antes de Tróia
(há quatro séculos Tomás Bequimão
tomou a cidade, criou uma milícia popular
e depois foi traído, preso, enforcado)
No mundo há muitas armadilhas
e muitas bocas a te dizer
que a vida é pouca
que a vida é louca
E por que não a Bomba? te perguntam.
Por que não a Bomba para acabar com tudo, já
que a vida é louca?
Contudo, olhas o teu filho, o bichinho
que não sabe
que afoito se entranha à vida e quer
a vida
e busca o sol, a bola, fascinado vê
o avião e indaga e indaga
A vida é pouca
a vida é louca
mas não há senão ela.
E não te mataste, essa é a verdade.
Estás preso à vida como numa jaula.
Estamos todos presos
nesta jaula que Gagárin foi o primeiro a ver
de fora e nos dizer: é azul.
E já o sabíamos, tanto
que não te mataste e não vais
te matar
e agüentarás até o fim.
O certo é que nesta jaula há os que têm
e os que não têm
há os que têm tanto que sozinhos poderiam
alimentar a cidade
e os que não têm nem para o almoço de hoje
A estrela mente
o mar sofisma. De fato,
o homem está preso à vida e precisa viver
o homem tem fome
e precisa comer
o homem tem filhos
e precisa criá-los
Há muitas armadilhas no mundo e é preciso quebrá-las.

Ferreira Gullar

domingo, 8 de outubro de 2017

Tolerância

Sob a palavra tolerância, escondemos nossos preconceitos, nosso incômodo para com aquele ou aquilo que se apresenta diferente, nossa incapacidade de respeito para com o outro. Tolerar, ao contrário do que se vende por aí, não significa aceitar, aceitar com plenitude, como requer qualquer verdadeira aceitação. Tolerar significa, antes, uma espécie de licença especial para que o outro, com seus exotismos e discrepâncias, possa existir. Tolerar é aguentar o outro apesar dele mesmo. É tomar xicarazinhas de café e sorrir no cumprimento, e, sob a impunidade das portas fechadas, sejam elas as de casa ou a do próprio coração, reconstruir o outro segundo os moldes que nos interessam e que no outro não se encaixam.

Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida. Micheliny Verunschk

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Chorinho para a amiga


Se fosses louca por mim, ah eu dava pantana, eu corria na praça, eu te chamava para ver o afogado. Se fosses louca por mim, eu nem sei, eu subia na pedra mais alto, altivo e parado, vendo o mundo pousado a meus pés. Oh, por que não me dizes, morena, que és louca varrida por mim? Eu te conto um segredo, te levo à boate, eu dou vodca pra você beber! Teu amor é tão grande, parece um luar, mas lhe falta a loucura do meu. Olhos doces os teus, com esse olhar de você, mas por que tão distante de mim? Lindos braços e um colo macio, mas porque tão ausentes dos meus? Ah, se fosses louca por mim, eu comprava pipoca, saía correndo, de repente me punha a cantar. Dançaria convosco, senhora, um bailado nervoso e sutil. Se fosses louca por mim, eu me batia em duelo sorrindo, caía a fundo num golpe mortal. Estudava contigo o mistério dos astros, a geometria dos pássaros, declamando poemas assim: "Se eu morresse amanhã... Se fosses louca por mim... ". Se você fosse louca por mim, ô maninha, a gente ia ao Mercado, ao nascer da manhã, ia ver o avião levantar. Tanta coisa eu fazia, ó delícia, se fosses louca por mim! Olha aqui, por exemplo, eu pegava e comprava um lindo peignoir pra você. Te tirava da fila, te abrigava em chinchila, dava até um gasô pra você. Diz por que, meu anjinho, por que tu não és louca-louca por mim? Ai, meu Deus, como é triste viver nesta dura incerteza cruel! Perco a fome, não vou ao cinema, só de achar que não és louca por mim. (E no entanto direi num aparte que até gostas bastante de mim...). Mas não sei, eu queria sentir teu olhar fulgurar contra o meu. Mas não sei, eu queria te ver uma escrava morena de mim. Vamos ser, meu amor, vamos ser um do outro de um modo total? Vamos nós, meu carinho, viver num barraco, e um luar, um coqueiro e um violão? Vamos brincar no Carnaval, hein, neguinha, vanios andar atrás do batalhão? Vamos, amor, fazer miséria, espetar uma conta no bar? Você quer quer eu provoque uma briga pra você torcer muito por mim? Vamos subir no elevador, hein, doçura, nós dois juntos subindo, que bom! Vamos entrar numa casa de pasto, beber pinga e ceveja e xingar? Vamos, neguinha, vamos na praia passear? Vamos ver o dirigível, que é o assombro nacional? Vamos, maninha, vamos, na rua do Tampico, onde o pai matou a filha, ô maninha, com a tampa do maçarico? Vamos maninha, vamos morar em jurujuba, andar de barco a vela, ô maninha, comer camarão graúdo? Vem cá, meu bem, vem cá, meu bem, vem cá, vem cá, vem cá, se não vens bem depressinha, meu bem, vou contar para o seu pai. Ah, minha flor, que linda, a embriaguez do amor, dá um frio pela espinha, prenda minha, e em seguida dá calor. És tão linda, menina, se te chamasses Marina, eu te levava no banho de mar. És tão doce, beleza, se te chamasses Teresa, eu teria certeza, meu bem. Mas não tenho certeza de nada, ó desgraça, ó ruína, ó Tupá! Tu sabias que em ti tem taiti, linda ilha do amor e do adeus? tem mandinga, tem mascate, pão-de-açúcar com café, tem chimborazo, kamtchaka, tabor, popocatepel? tem juras, tem jetaturas e até danúbios azuis, tem igapós, jamundás, içás, tapajós, purus! – tens, tens, tens, ah se tens! tens, tens tens, ah se tens! Meu amor, meu amor, meu amor, que carinho tão bom por você, quantos beijos alados fugindo, quanto sangue no meu coração! Ah, se fosses louca por mim, eu me estirava na areia, ficava mirando as estrelas. Se fosses louca por mim, eu saía correndo de súbito, entre o pasmo da turba inconsútil. Eu dizia : Woe is me! Eu dizia: helàs! pra você… Tanta coisa eu diria que não há poesia de longe capaz de exprimir. Eu inventava linguagem, só falando bobagem, só fazia bobagem, meu bem. Ó fatal pentagrama, ó lomas valentinas, ó tetrarca, ó sevícia, ó letargo! Mas não há nada a fazer, meu destino é sofrer: e seria tão bom não sofrer. Porque toda a alegria tua e minha seria, se você fosse louca por mim… Mas você não é louca por mim... Mas você não é louca por mim...

domingo, 1 de outubro de 2017

Cuidado

Eu vou falar do nosso cabelo
Eu vou falar de tudo o que fazem tentando o sucesso
Eu vou falar porque isso acaba com a gente

Primeiro aparecem uns pentes frágeis
Impossíveis às nossas madeixas
Depois apontam para um padrão que nunca poderemos ter
Ficamos condenados à indiferença e à exclusão

De repente
Sonhamos com toalhas amarradas na cabeça oca
Num passe de mágica
Aceitamos o codinome pixaim e o sobrenome "Bombril"

Começamos a moldar o caráter
A amolecer diante das decisões
Infelizmente esquecemos que só podemos ser o que somos

Passamos a vida inteira tentando atingir uma clareza
Que nunca poderemos ter.
Nem precisamos

A negritude é um quarto escuro com bicho-papão e mula-sem-cabeça
É um quarto mítico onde ninguém quer entrar

Eu vou falar do que fazem com nosso cabelo
Eu vou falar de tudo o que fazem tentando o sucesso
Eu vou falar, porque isso acaba com a gente

Primeiro dizem que somos todos iguais
Que somos todos filhos de Deus
Rapidamente é diagnosticada a paranoia
Começamos a achar que o problema está na nossa cabeça preta

Nunca no olhar do outro
Nunca no deboche do outro
Nunca no sorriso de lado

Alguns conseguem ir mais longe
Mas isso tem um preço...

Precisam ficar sozinhos
Precisam ficar clarinhos
Precisam usar apliques

Eu vou falar do que fazem com o nosso cabelo
Eu vou falar de tudo o que fazem tentando o sucesso
Eu vou falar por que isso acaba com a gente

Deu branco!
Alguém me empresta uma identidade aprovada no teste da boa aparência?

Cristiane Sobral

(SOBRAL, 2011, pp.74-75) - Não vou mais lavar os pratos. Ed. Dulcina. 2ª ed. Brasília. 2011.