Uma estranha sensação domina a minha alma,
O prazer, o medo, a insegurança e a precariedade do viver.
A liberdade de ter o destino em minha mão me encanta,
Mas o que fazer dela é a decisão que determinará quem de fato quero ser.
Outrora tudo era mais seguro e estável.
A rota estava traçada por uma força externa.
A mim cabia resolutamente segui-la, sem questioná-la.
Mesmo que para isso tivesse que andar na penumbra de minha existência.
Eis que repentinamente um raio penetrou pela fresta de meu coração.
O desejo adormecido de felicidade se inquietou. E acordou.
Tocado pela força absurda e provocadora do amor,
Novos sentidos e possibilidades do construto de quem sou brotaram.
Como uma pequena nascente de água redescoberta e despoluída, que volta a
jorrar vida.
Sentir-se com o leme nas mãos é libertador.
Por isso opto pelo não retorno à terra firme.
Preciso me construir na caminhada,
Preciso sentir o vento,
Preciso contemplar o céu,
Preciso enfrentar as ondas, suaves e bravias.
E preciso de companheiros nessa jornada.
Márcio Ramos, 17 de janeiro de 2012
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