"Quero ser tal qual quis ser e não sou. Se eu cedesse destruir-me-ia. Quero ser uma obra de arte, da alma pelo menos, já que do corpo não posso ser. Por isso me esculpi em calma e alheamento e me pus em estufa, longe dos ares
frescos e das luzes francas - onde a minha artificialidade, flor absurda, floresça em afastada beleza."
Bernardo Soares. O livro do desassossego.
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