domingo, 24 de agosto de 2014

às vezes lembro-me de ti

às vezes lembro-me de ti
e nem sequer me sinto só, ou triste, ou mísero
de amor.
és presença, mas espectro aos meus abraços
que há muito recolhi, como velas dobradas num mar
de ociosos ventos.
e pouco importa que tenhas ido com a maré de um
tempo sem memória.
contudo, a tua sombra permanece. nela crescem algas
e criaturas marinhas fincam-se-lhe para lhe dar forma.
não é saudade que sinto. talvez um estranho capricho!
é,
talvez,
a vontade súbita de me lembrar de ti!

(Luís R Santos)

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