O homem levantou-se bem cedo e foi trabalhar. Tinha decidido que passaria à tarde na floricultura e compraria flores. Sim, ele estava apaixonado. Não conseguia esquecer a moça por um segundo sequer e queria fazer um mimo a ela.
Ao chegar à floricultura ele observa as flores e rosas em exposição. Não sabe o nome e as espécies de nenhuma delas, mas vê uma jarro com uma linda violeta e o compra. Já imagina o sorriso nos lábios de sua amada, e também sorri.
Corre para casa para esperar a moça, que o visitaria no dia. Espera ansiosamente e eis que ela chega, clareando a sua vida, lhe proporcionando a sensação de êxtase. Sim, pois era assim que ele se sentia perto dela. O homem lhe entrega as flores, ela sorri e agradece. Ele se inquieta. Percebera nos olhos negros da mulher uma ponta de hesitação e melancolia. Ela tenta disfarçar e o beija. Ele nada pergunta.
A noite segue normalmente e quando ao amanhecer ela se despede dele, pede para deixar a flor na casa dele mesmo, tinha um compromisso e não podia carregá-la. Depois pegaria. Meio decepcionado o homem concorda. Ela o beija e vai embora.
O homem olha para o lindo vaso de flor sobre a mesa e chora. Chora porque vê que as flores são belas como a possibilidade do amor, mas que aquelas flores murcharão brevemente, assim como o amor que ele sentia pela moça. Moça essa, que não voltou para pegar o vaso de flor.
Márcio Ramos
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