Deus na escuridão. Valter Hugo Mae
quarta-feira, 17 de julho de 2024
Deus como mãe
As mães, intuitivamente, mesmo que por abuso ou obstinação, também ensinam a Deus os seus milagres. Por se tratar de um outro tipo de ciência e um outro tipo de justiça, por ser intrinsecamente bom, Pouquinho respondia e seguia benevolente, carinhoso, meu irmão perfeito. Pouquinho dizia que Deus era como as mães, criava os filhos e deixava-os partir. Passaria, depois, a vida à espera de os rever, como se vivesse na escuridão, afinal incapaz de nos detectar no périplo de nossas decisões e esconderijos. Pouquinho explicava que a oração nos assinalava em seu mapa. Se evocássemos Seu nome Lhe abriríamos os olhos sobre nosso corpo, nosso lugar. E eu aprendera minhas orações e julgava cumprir a melhor promessa. Pouquinho ensinara que não se prometem a Deus sofrimentos nem sacrifícios porque, como as mães, Ele não nos quer ver sofrer. Nunca prometas a Deus o teu sofrimento. Ajuda Seus filhos a reencontrar o caminho para casa. Devemos prometer cantar-Lhe, alimentar-Lhe os filhos, salvar-Lhe os animais, regar as plantas, semear pela terra toda, proteger os livros. Caminhar em visita. Ele dizia: quero que prometas, Felicíssimo. Eu quero que tu prometas que O ajudas, mas que não te provocarás a dor. Quem se vicia na dor desumaniza-s
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