quarta-feira, 27 de junho de 2018

Soneto 18

Como hei de comparar-te a um dia de verão? 
És muito mais amável e mais amena: 
Os ventos sopram os doces botões de maio, 
E o verão finda antes que possamos começá-lo:


Por vezes, o sol lança seus cálidos raios, 
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa; 
E tudo que é belo um dia acaba, 
Seja pelo acaso ou por sua natureza;


Mas teu eterno verão jamais se extingue, 
Nem perde o frescor que só tu possuis; 
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,

Quando os versos te elevarem à eternidade: Enquanto a humanidade puder respirar e ver, Viverá meu canto, e ele te fará viver.

William Shakespeare

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